AL/MT recebe pressão e denúncias para investigar a Aprosoja
Presidente da Assembleia Legislativa (AL), Max Russi (PSB) defendeu a convocação do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Antônio Galvan, na CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal, para explicar os recursos que a entidade de Mato Grosso recebe do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), através do Instituto Mato-grossense do Agronegócio (Iagro), criado em 2019.
Russi afirmou que a Assembleia vai averiguar tais fatos e lembrou do requerimento do deputado estadual Valdir Barranco (PT), que pede que o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Fernando Cadore, prestes contas ao Legislativo em relação aos recursos recebidos pelo Iagro nos últimos 12 meses.
"Toda a informação é importante. A sociedade vem cobrando isso [fiscalização] e tem uma CPI da Sonegação Fiscal na Casa acontecendo e quero crer e já falado pelo seu presidente, deputado Wilson Santos (PSB), que vai a fundo e investigar, averiguar isto. E se não tiver nada [irregular], ótimo. Mas se tiver alguma coisa errada, ela será apurada e mostrada a toda sociedade", disse nesta quarta-feira (15) antes da sessão plenária.
Russi também revelou que muitas denúncias estariam chegando no Parlamento em relação à Aprosoja. O parlamentar ainda relembrou a acusação feita pelo filho de Galvan de que o pai teria feito contrato milionário com uma advogada, com quem estaria tendo um caso extraconjugal, à época.
"A gente tem que ir a fundo. A cobrança está muito forte em cima do Parlamento para que faça o acompanhamento disso e a Casa hoje tem condição de fazer isso na CPI da Sonegação Fiscal, então a CPI através do seu presidente já colocou que vai fazer a convocação", completou.
Antônio Galvan é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de ser um dos financiadores dos atos antidemocráticos no Brasil. No dia 6 de setembro, a Aprosoja Mato Grosso foi alvo de busca e apreensão sob suspeita de financiar tais atos sob influência de Galvan, já que o seu grupo político continua no comando da entidade.
Levantamento feito mostra que a entidade já recebeu R$ 138 milhões em dinheiro público via Fethab. Um relatório da Controladoria Geral do Estado (CGE) revelou também que desde 2008 a Aprosoja já recebeu R$ 421 milhões em dinheiro público.
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