Com as escalas de abate mais alongadas e muitas indústrias frigoríficas em férias coletivas, em razão da época final do ano, as negociações envolvendo animais terminados seguem em ritmo de conta-gotas. 

Segundo dados apurados  nas praças paulistas, a terça-feira (20/12) foi marcada pela queda nos preços do animais com padrão para exportação ao mercado chinês. 

O chamado “boi-China, abatido mais jovem, geralmente abaixo dos 30 meses de idade, recuou R$ 5/@, atingindo R$ 285/@, valor bruto, no prazo. 

Por sua vez, as cotações do boi gordo “comum” (destinado ao mercado interno) seguiram estáveis, valendo R$ 282/@ (valor bruto e a prazo) no Estado de São Paulo, acrescenta a Scot. 

Os preços da vaca e da novilha gordas também apresentaram estabilidade, cotadas em R$ 262/@ e R$ 272/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). 

De acordo com apuração da IHS Markit, em âmbito nacional (considerando as principais praças pecuárias brasileiras), a morosidade de negócios persistiu nesta terça-feira, e cenário atual ainda sinaliza uma certa acomodação dos preços da arroba nos patamares atuais. 

“Como nos dias anteriores, o volume de negócios no mercado físico do boi gordo continuou esparso, efeito da fraca atuação de ambas as pontas (indústrias e pecuaristas)”, observa a IHS.

 Pelo lado dos frigoríficos, a necessidade de compra de gado diminuiu bastante em função do avanço nas escalas de abate registrado nos últimos dias. 

Por sua vez, do lado de dentro das porteiras, muitos pecuaristas já entraram em período recesso, o que resultou em baixa disponibilidade de lotes de boiada gorda à venda. 

Neste contexto, diz a IHS, as oscilações de preços da arroba do boi gordo seguem pontuais. 

No Mato Grosso, por exemplo, houve repique de negócios a preços mais firmes. “Unidade de abate locais buscaram fechar lacunas em suas escalas, mas, logo que conseguiram, trataram de sair imediatamente das compras de gado”, contam os analistas da IHS. 

Mercado Pecuário | Como os preços do boi gordo vão se comportar a partir de janeiro de 2023? 

No Paraná, as escalas de abate já adentram o mês de janeiro/23 e as indústrias já não demostram interesse em fechar novos negócios neste momento, relata a consultoria. 

Nas demais praças do País, reforça a IHS, a morosidade nas negociações contribuíram para um ambiente de estagnação dos preços da arroba. 

Segundo apurou a IHS, nas praças de São Paulo e de Minas Gerais, a disparidade entre o preço do “boi-China” e o valor de balcão para o boi “comum” continua em torno de R$ 10/@, embora haja relatos de plantas frigoríficas igualando os referenciais. 

No mercado atacadista, o volume de venda de carne bovina segue avançando dentro das expectativas do setor, diz a IHS. 

Porém, ainda não houve espaço para novos ajustes nos preços dos principais cortes bovinos, acrescenta a consultoria. 

“Embora as cotações da carne suína tenham subido, os valores da carne de frango derreteram, o que impacta a dinâmica de escoamento de cortes de dianteiro e ponta de agulha”, informa os analistas da IHS. No entanto, não há relatos de excedentes, o que gera suporte. 

Cotações máximas de machos e fêmeas nesta terça-feira, 20/12

(Fonte: IHS Markit)

 

SP-Noroeste:

 boi a R$ 288/@ (prazo)

vaca a R$ 269/@ (prazo)

 

MS-Dourados:

 boi a R$ 261/@ (à vista)

vaca a R$ 246/@ (à vista)

 

MS-C.Grande:

 boi a R$ 263/@ (prazo)

vaca a R$ 248/@ (prazo)

 

MS-Três Lagoas:

 boi a R$ 261/@ (prazo)

vaca a R$ 246/@ (prazo)

 

MT-Cáceres:

 boi a R$ 253/@ (prazo)

vaca a R$ 238/@ (prazo)

0 Comentários

Deixar um comentário

Não se preocupe! Seu email não sera publicado. Campos obrigatórios estão marcados com (*).