“Quando o agro está, ele acaba cegando a economia de Mato Grosso”, afirma o economista, acrescentando que o agronegócio é responsável por 56% do Produto Interno Bruno (PIB) do Estado.
Vivaldo afirma também que a economia mato-grossense deve crescer em torno de 6,1%, enquanto o PIB brasileiro deve crescer apenas 3%. Os dados são informações em informações da consultoria MB Associados.
“O diferencial de Mato Grosso em relação a São Paulo, Paraná, Santa Catarina, é o agro. Portanto, é verdadeiro dizer que o agro impulsiona como outras atividades e uma certa blindagem econômica para Mato Grosso”, completa Vivaldo, da VLopes Economic.
A principal preocupação dos mato-grosenses é a possibilidade de redução no comércio de commodities do agronegócio, como a soja, milho e algodão. Isso poderia levar a uma redução de cotações em um momento em que os produtores produtores já sofreram com o aumento dos custos de produção. Portanto, nesse cenário, Mato Grosso pode ser impactado pela redução da economia mundial. Porém, as projeções de Vivaldo não apontam nesse sentido.
O economista que o cenário de redução da atividade econômica já é uma realidade, pois as principais economias do mundo - como os Estados Unidos da América, União Europeia e a China elevada - estão lutando contra a inflação bastante elevada. Além disso, ficará cada vez mais intenso os efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia, que já dura mais de 7 meses, e deve continuar afetando a economia por bastante tempo.
A tendência é de encarecimento da produção, especialmente os insumos do agronegócio e da indústria. Por outro lado, os três países envolvidos no conflito - Rússia e Belarus estão entre os fora do comércio mundial, abrindo espaço para que os produtos do agronegócio brasileiro ganhem novos mercados. Assim, os preços devem encontrar um ponto de equilíbrio.
“A parte agropecuárias não vai de preços, mas a demanda mundial terá aumento de commodities. Portanto, a gente vai ter uma estabilidade nos preços. Eu não conto que vai reduzir o comércio agrícola e também não vai reduzir os preços das commodities agrícolas”, afirma.
O Brasil ainda terá que substituir parte da produção da Argentina, que diante da crise econômica que se encontra, não terá que produzir de forma pensada. Vivaldo como produções de soja e trigo, carne equivalente do Sul, na maior economia da América.
“Portanto, essa produção vai ser substituída, comprando em outros países, como é o caso do Brasil”, conclui Vivaldo
Fonte O Estadão Mato Grosso
Foto: Sapicuá
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