O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta durante sua live semanal nas redes sociais, que há uma “guerra de informação” na questão ambiental e que as críticas que o Brasil sofre são injustas e estão relacionadas à disputa comercial do agronegócio com outros países.

“Essa guerra da informação não é fácil e nós temos problemas, porque o Brasil é uma potência no agronegócio. Lá na Europa é uma seita ambiental, eles não preservaram praticamente nada do meio ambiente, mas o tempo todo atira em cima de nós, e de forma injusta, porque é uma briga comercial também”, disse.

 Em junho, o governo federal recebeu uma carta de grupos empresariais internacionais com críticas à política ambiental e que condicionavam os investimentos no país ao aumento, pelo governo, do controle do desmatamento e das queimadas na Amazônia.

 Bolsonaro lamentou a perda de validade da Medida Provisória (MP) 910, que tratava da regularização fundiária, mas que não foi votada pelo Congresso. Para ele, seria uma forma de responsabilizar diretamente quem cometer desmatamento ilegal. O presidente disse de que há um exagero, por parte da mídia, em relação aos dados sobre desmatamento.

 “Tem coisa por fazer? Tem, mas não é esse trauma todo. Deixo bem claro, 90% desses focos de calor são em áreas desmatadas, não é novo incêndio não. [Outros] 5% são em terras indígenas”, afirmou.


Um estudo publicado na revista Science mostra que até 22% das exportações que saem da Amazônia e do Cerrado brasileiros para a União Europeia podem ter saído de áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia e no Cerrado. 

O estudo utilizou dados da safra entre 2016 e 2017 e cruzou informações de 815 mil propriedades rurais. Os pesquisadores afirmam que, a partir desse cruzamento, é possível identificar exatamente quais fazendas em áreas desmatadas ilegalmente exportaram gado ou soja para a União Europeia.

O estudo entitulado “The Rotten Apples of Brazil´s Agribusiness” (As maçãs podres do agronegócio do Brasil) foi realizado por 12 pesquisadores do Brasil, Estados Unidos e Alemanha. Eles cruzaram dados como os do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e Guias de Trânsito Animal (GTA) para identificar as fazendas que exportaram gado ou soja após descumprirem as normas do Código Florestal.

 


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