“Existe todo um contexto que a gente pontua dentro da pecuária, sobre o que aconteceu durante 2020 e 2021, que foi uma forte redução na produção de carne. Isso, naquele momento, efetuou um aumento de preço do boi gordo e um estímulo à atividade. Ou seja, com preço em alta, todo mundo ficou mais estimulado a fazer pecuária no Brasil”, afirma.
A projeção da Agrifatto é que o cenário que leva à queda nos preços da proteína bovina se estenda pelo ano de 2023, aumentando ainda mais a oferta de carne bovina no mercado, o que cria uma tendência de desvalorização da proteína.
“No contexto geral, esse abatimento de fêmeas deve bater, principalmente, para baixo o preço do boi gordo e da carne bovina nesses próximos meses e talvez até anos”, afirma.
Por outro lado, o comércio varejista ainda deve perceber os impactos da Copa do Mundo e do pagamento do 13º salário, o que costuma aumentar o consumo de carne nesta reta final do ano. Portanto, avalia Yago, a queda de preços pode ser menor do que o esperado. Por outro lado, com o consumidor com poder de compra e gerando o processo, o varejo não deve sentir necessidade de aumentar preços, mesmo com o aquecimento da demanda.
“Isso não quer dizer que o pecuarista está recebendo mais, isso é um ponto superimportante. Teve um desequilíbrio muito grande na cadeia nesses últimos 2,3 anos, que agora começa a se equilibrar. O preço do boi gordo valorizou, a carcaça no atacadista valorizou, mas o preço da carne bovina sofreu pelo menos até meados de 2022”, conclui.
Por: Felipe Leonel/foto: Portal 6
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