Nutricionistas traçam novo “retrato” do cocho brasileiro
Os confinamentos brasileiros continuam avançando no emprego de tecnologias para máximo desempenho, como as dietas de alto concentrado, forragem de melhor qualidade e gerenciamento adequado do trato. Essas são algumas das principais conclusões do quarto levantamento “Práticas nutricionais dos confinamentos brasileiros”, conduzido pelo zootecnista Danilo Domingues Millen, professor associado da Faculdade de Ciências Agrárias da Unesp (Universidade Estadual Paulista), campus de Dracena, noroeste do Estado.
O levantamento, realizado entre novembro de 2019 e janeiro de 2020, contou com a colaboração do também zootecnista Antônio Marcos Silvestre, doutorando pela Unesp-Botucatu. Os dados foram levantados por meio de questionários com 96 perguntas, respondidas por 36 nutricionistas, que acompanharam 4,671 milhões de animais, cerca de 90% do total estimado para o País em 2019.
A maioria dos nutricionistas ouvidos atende confinamento pequenos, que alojam entre 1.000 e 5.000 cabeças (52,8% das respostas), percentual semelhante ao do levantamento anterior, feito em 2017 e publicado em 2018. Em seguida vêm os projetos médios, com 5.001 a 10.000 cabeças (19,4%) e os grandes, que engordam entre 10.001 e 20.000 cabeças (11,1%). Pela primeira vez, contudo, foram relatados confinamentos com mais de 20.000 animais (5,6%) e projetos com menos de 1.000 cabeças (11,1%), como mostra o gráfico.
O perfil do gado confinado não se alterou muito em relação aos levantamentos anteriores: 85,8% dos clientes dos nutricionistas entrevistados disseram que confinam Nelore e 52,7% deles também engordam cruzados (todos os tipos incluídos). O peso de entrada dos animais nos confinamentos praticamente não mudou desde 2009. Os machos inteiros, por exemplo continuam ingressando nas instalações com 372-376 kg. Por Moacir José - DBO
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