O deputado estadual reeleito Lúdio Cabral avaliou que a construção das alianças e a falta de protagonismo na disputa de cargos majoritários fizeram com que seu partido, o PT, não tivesse um resultado positivo em Mato Grosso na eleição deste ano.

O partido conseguiu apenas reeleger os dois representantes na Assembleia Legislativa. No Congresso Nacional, a legenda perdeu a única cadeira na bancada de Mato Grosso, que era ocupada por Rosa Neide. Apesar de ter conquistado mais de 124 mil votos, ela não conseguiu se reeleger por causa do coeficiente eleitoral. Os candidatos à majoritária da esquerda - Márcia Pinheiro (PV) ao governo, e Neri Geller (PP) ao Senado - também não conseguiram se eleger. Na avaliação de Lúdio, faltou aos postulantes à majoritária um posicionamento mais ousado. Ele também criticou a chapa de deputados federais, que precisava de um desenho mais planejado, em sua opinião.

“Essa avaliação, eu acredito que cada um de nós já deve ter feito. Nós já fizemos ela coletivamente, na nossa campanha, mas agora o foco é o segundo turno e depois a gente aprofundar nessa avaliação e identificar os erros que eventualmente foram cometidos e que nos impediram de reeleger a Rosa, que teve uma votação expressiva, consagradora, reconhecedora do trabalho que ela exerceu”, disse Lúdio, em entrevista à imprensa.

“Faltou ao PT, na eleição majoritária, um posicionamento mais ousado. Houve erro no desenho da chapa federal, quando nós confiamos em quem não deveríamos ter confiado para montar a chapa. Nós alertamos para os riscos que a federação corria com o desenho da chapa federal. Alertamos isso, mas o presidente...”, destacou.

Em maio, Lúdio chegou a apresentar nomes para disputar a majoritária. O petista apresentou James Cabral, ex-candidato a prefeito de Cáceres e seu irmão, para ser candidato ao Senado. Já para disputar o governo, Lúdio propôs uma chapa com Domingos Sávio Garcia e Reginaldo Araújo, professores universitários e filiados ao PT.

Essa discussão expôs, mais uma vez, as divergências internas do partido que, “historicamente”, enfrenta batalhas para tentar chegar a um consenso. Os nomes propostos por Lúdio não foram acatados e o partido decidiu, junto com as demais siglas da federação – PV e PCdoB – por indicar Márcia ao Governo e apoiar o projeto de Neri Geller, que teve o registro de candidatura cassado, ao Senado. No fim, o PT ficou apenas com a segunda suplência de Neri, indicando Nilton da Fetagri.

Fonte: Estadão do Mato Grosso

Foto: O Documento


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