A semana para o mercado brasileiro da soja começa sem a referência do andamento dos futuros na Bolsa de Chicago, porém, com o dólar batendo acima dos R$ 5,30 frente ao real nesta segunda-feira (4) e dando ainda suporte a preços remuneradores para a oleaginosa nacional. E este deverá ser, de fato, um fator de importante monitoramento para o produto do Brasil nestes próximos diante da volatilidade intensa na CBOT. 

"Se o dólar perder forças na semana, poderemos ter menor pressão de negócios porque os vendedores estão dando sinais que a marca dos R$ 200 nos portos, ou ao redor disso, é nível de operação. Nestes últimos dias, os preços conseguiram, somente devido à alta do dólar frente ao real, mantê-la. E desta forma poderemos ter novos negócios se a moeda americana continuar evoluindo ou pelo menos se manter. De outo lado, se as referências começarem a vir para baixo, podemos ter calmaria no mercado", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.

Para o especialista, as baixas registradas nas duas últimas duas sessões em Chicago foram reflexo de um movimento exagerado e acredita que uma retomada das cotações se faz necessária nos próximos pregões. "Isso porque a soja ficou muito barata, só vai ter comprador no mercado. O comprador vai sumir. E para voltar a ter vendedores tem que dar uma equilibrada do lado de cima", diz, com expectativas sobre a retomada dos negócios no mercado futuro norte-americano.

Assim, sem a referência da CBOT, os portos do país ficaram sem posições atualizadas, porém, ainda próximas dos R$ 200,00 por saca frente ao câmbio favorável. "O dólar acima dos R$ 5,30 é um fator importante. Na semana passada, mesmo com Chicago em queda, tivemos muitos negócios, com vendas de todos os 'estilos', já que as posições estavam entre R$ 198,00 e R$ 202,00, pagando até R$ 206,00 com pagamento em janeiro", complementa o consultor. 

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