Resíduos de peixe são apontados como fonte alimentar natural em pesquisa no Mato Grosso
Otimizar e viabilizar a melhor utilização e aproveitamento
de resíduos provenientes dos peixes nativos que passam pelos frigoríficos de
Mato Grosso. Este é o objetivo de estudos que vêm sendo realizados pelo Núcleo
de Estudos em Pescado (Nepes), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Conforme a
instituição de ensino superior, o intuito é aproveitar esse material que é
descartado.
Os animais passam por um processo denominado “filetagem”, onde é separado o filé das demais partes, para que fique mais limpo para chegar à mesa do consumidor. Os espinhos, escamas, entre outras partes do peixe, serão os resíduos utilizados para o estudo.
Vinte e cinco mil alevinos são entregues para agricultores de MT
Na prática, a
pesquisa realizada é sobre o Concentrado Protéico de Pescado (CPP), que é
obtido desse material descartado, como explica a professora Luciana Kimie Savay
da Silva.
“O CPP ainda não é utilizado no Brasil como alimento para consumo humano, e a proposta da pesquisa é compreender o comportamento dele como ingrediente para enriquecimento de alimentos convencionais, em uma matriz amilácea. Já temos resultados interessantes quanto à otimização do seu processo de obtenção, suas características nutricionais e tecnológicas”, ressalta a professora.
O projeto será desenvolvido pelo Nepes, que é composto por uma equipe de professores e alunos da graduação e pós-graduação dos cursos de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Zootecnia e Veterinária da UFMT.
Um dos
membros do projeto é o professor Manoel Divino da Matta Júnior. Ele espera que
futuramente os resultados dessa pesquisa possam ser utilizados para a produção
de alimentos industrializados saudáveis.
“Esperamos que futuramente os resultados dessa pesquisa possam ser utilizados para viabilizar a produção de alimentos industrializados saudáveis. A elaboração de massas, como macarrão, e produtos de panificação (pães, biscoitos, cookies, e outros), com elevados teores proteicos poderá ser uma realidade, assim como a minimização da produção de resíduos no frigorífico”, explica o professor.
Por: Alexia Oliveira/foto: AgroOlhar
0 Comentários