Vereadora Katiuscia Manteli atribui ao TJMT desgaste por salários a vereadores afastados em Cuiabá
A situação na Câmara de Cuiabá ganhou novos contornos com a declaração da primeira-secretária, vereadora Katiuscia Manteli (PSB), sobre o pagamento de salários de vereadores afastados. Ela ressaltou que o Tribunal de Justiça deve compartilhar parte da responsabilidade pelo desgaste gerado, uma vez que a decisão de manter os pagamentos foi feita por ordem judicial.
Katiuscia enfatizou a necessidade de compreender as razões que levaram o Tribunal a essa decisão, sugerindo que a Câmara não deve ser a única a arcar com as consequências. A declaração surge em meio a um cenário conturbado, onde os vereadores sargento Joelson (PSB) e Chico 2000 (PL) continuarão a receber seus salários de R$ 26 mil mesmo sem exercer suas funções, conforme determinado pela juíza Mayume Kobayashe.
A presidente da Câmara, vereadora Paula Calil (PL), expressou preocupação com o impacto financeiro dessa decisão em relação ao orçamento da Casa. Com a manutenção dos salários, a folha de pagamento precisa ser ajustada, aumentando o número de vereadores remunerados de 27 para 29. Os suplentes dos vereadores afastados continuarão ocupando seus cargos temporariamente.
Ambos os vereadores estão afastados desde o dia 29 de abril e são alvos de investigações na Operação Perfídia, que apura supostas práticas de corrupção, incluindo a aceitação de propina da empresa HB20 Construções para acelerar a votação de um projeto de lei de renegociação de dívidas da prefeitura.
A juíza Mayume Kobayashe justificou a decisão de manter os salários, afirmando que as medidas adotadas na Operação Perfídia têm caráter preventivo e não punitivo. Essa situação levanta questões sobre a responsabilidade institucional e a gestão dos recursos públicos em meio a investigações de corrupção.
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